Observação: isso não é um artigo criado para promover nosso próprio escritório – prática, aliás, condenada pelo Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. A intenção é que você consiga diferenciar, entre as muitas opções que o mercado lhe oferece, um profissional de sua confinça que melhor atenda às suas necessidades.
As Universidades Brasileiras formam mais advogados por ano do que todas as Faculdades de Direito do mundo combinadas, e uma grande parte deles se dedica à área Cível. Diante disso, como escolher o melhor profissional para meu caso quando há tantas opções disponíveis no mercado?
1 – Em primeiro lugar, não fuja à regra: verifique suas credenciais acadêmicas, confirme a regularidade do registro na OAB, cheque a reputação no mercado e busque elementos específicos que demonstrem o conhecimento jurídico do advogado cível para o tipo de causa que você necessita.
2 – A segunda questão é investigar o modelo de prestação de serviços que o escritório analisado oferece. Grandes escritórios “full service”, advocacia de boutique (especializada em Direito Civil, é claro), escritórios locais com gama mais ampla de atuação, advogados “solo”, etc… Cada um deles têm uma proposta de trabalho diferente que você deve conhecer antes de considerar a contratação.
3 – Uma vez superada essa fase, vem o contato pessoal. Faça questão de uma reunião presencial e concentre seus esforços analíticos na pessoa do advogado civilista. Houve empatia mútua? As respostas às suas questões foram convincentes? Ele transmite segurança? Será ele a pessoa a cuidar diretamente do seu caso ou advogados assistentes? As impressões que tiver desse contato direto devem ter um peso considerável em sua avaliação final.
4 – Não se fie apenas no renome do escritório. No final das contas, você estará lidando com seres humanos, e não com pessoas jurídicas. Quem tem o poder de salvar vidas é o médico, não o hospital.
5 – Observe a atitude profissional durante a conversa. Uma postura franca, firme e honesta por parte do advogado é sempre um bom sinal. Mas uma observação importante: o objetivo na advocacia cível deve ser resolver problemas da melhor forma possível, e não simplesmente viabilizar o ajuizamento de ações. Para isso, valorize o advogado cível que tem uma postura preventiva e que emprega todos os métodos de resolução de conflitos possíveis – incluindo negociação, técnicas de mediação, arbitragem e o processo judicial propriamente dito.
6 – Isso também é extremamente importante em situações de advocacia corporativa. Os problemas de uma empresa não se resumem a processos judiciais já cristalizados, mas englobam também os desafios do dia a dia. No longo prazo, uma boa orientação, uma atitude preventiva ou um acordo bem talhado podem ter um reflexo mais positivo no balanço do que uma vitória nos Tribunais. É verdade também que, para outras situações, não há remédio: a luta no contencioso judicial será a alternativa mais vantajosa, ou mesmo a única possível. Mas isso deve ser ditado pelas circunstâncias de cada caso, e não por preferência pessoal. Fica a observação: não é o estilo do advogado que deve determinar a forma de abordagem, mas a natureza do problema e os objetivos fixados. Em qualquer ramo, o bom profissional é aquele que tem soluções diferentes para problemas diferentes, age racionalmente e aponta os caminhos mais vantajosos para cada situação.
7 – Portanto, o melhor advogado cível é aquele que, além do conhecimento e experiência indispensáveis, entende as necessidades de seu cliente, fala sua língua e é flexível em sua abordagem na resolução dos desafios que se apresentam. Mas essa não é toda história. Para estar bem representado você deve, acima de tudo, se sentir seguro. Não negligencie esse sentimento e faça bom uso de sua intuição. Ela geralmente está certa.